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Site estático ou site dinâmico? Qual deles é melhor?

Primeiro, como de costume, vamos às definições.

Não vou falar aqui sobre tecnologias de servidor, banco de dados e protocolos de internet, que têm muito a ver com sites estáticos versus sites dinâmicos.

Na prática, para quem não precisa entender tanto de tecnologia, um site estático possui duas características básicas:

1 – Somente o desenvolvedor pode efetuar a atualização de conteúdo.

Para criarmos novas páginas e, consequentemente, novos links, o webdesigner deve criar novos arquivos html’s e publica-los no servidor.

2 – Não são possíveis interações complexas com o site (efetuar buscas, cadastros de usuários, login etc)

Já um site dinâmico:

1 – Pode ter uma área de administração do site.

Isso significa que, desde que contemplado no projeto, qualquer pessoa pode incluir, excluir ou editar suas páginas, como, por exemplo, páginas de produtos ou notícias, sem ficar “preso” ao fornecedor.

2 – É possível criar sistemas mais complexos dentro do site, como por exemplo: um sistema de busca, cadastro de usuário, sistema de login, envio de newsletter ou simplesmente um formulário de contato.

E qual deles é melhor?
Depende. Há casos em que um site dinâmico é a melhor alternativa, mas também há situações em que não. (Algumas vezes, os profissionais que trabalham com programação irão dizer que sites dinâmicos são melhores dos que os estáticos).

A melhor alternativa é a que tem a melhor relação custo x benefício.
Vamos imaginar um site de uma indústria farmacêutica. Sabemos que em empresas de pequeno e médio porte não há uma atualização constante de seus produtos e, além disso, não há a possibilidade de vender medicamentos pela internet, pois a maior parte destes medicamentos exige receita médica. Digamos que neste tipo de indústria um novo produto é criado a cada três meses. Vamos supor também que a cada quatro anos a indústria farmacêutica tenha que refazer todo o seu site por uma questão mercadológica, para não ficar com um site ultrapassado, isso significa que a cada quatro anos 16 novos produtos são criados.

Temos que:

4 produtos por ano x 4 anos = 16 novos produtos.

O que é mais prudente para esta empresa? Criar um sistema de administração para incluir, sem depender de um fornecedor, novas páginas para os novos produtos, ou desenvolver um site estático e contratar um fornecedor para fazer essa atualização quando necessária?

Sem levar em conta outras questões como possibilidade de efetuar buscas no site, login para criar acesso restrito aos medicamentos ou qualquer outra “inteligência” do sistema, para responder essa questão, precisamos saber o custo de cada atualização e o custo para a criação de um site dinâmico. Só assim podemos fazer as contas e contratar o que for mais vantajoso para a empresa.

Não há uma regra definida. O que há é um bom senso. Quando estamos na fase de projeto de um site, muitas vezes o cliente pede funcionalidades que usará muito pouco ou que não usará nunca, aumentando significativamente o custo para a empresa.

Eu já participei de um projeto em que o cliente pediu um sistema de envio de emailmarketing, cheio de funcionalidades, como blacklist, por exemplo, que só é usado para mandar cartões de natal. Não seria mais vantagem ter contratado uma empresa específica para envio desses e-mails? Muitas vezes o cliente, na maior das boas intenções, pede um sistema mais robusto do que ele precisa. De que adianta criar um sistema para cadastro de notícias em um site se os colaboradores da empresa não têm tempo para incluir essas notícias? Não seria mais prudente contratar uma empresa de clipping marketing?

Não estou aqui dizendo o que é certo ou errado. Só estou dizendo que vale perder algumas horas no projeto e saber o que é realmente necessário para evitar custos desnecessários, o que, no futuro, pode virar frustração por não utilizar todos os recursos que foram desenvolvidos.

Autor: Daniel Tapias Morales

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