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Então Você Quer Ser Um Webdesigner?


Desde que o orkut surgiu, aqueles que trabalham na área de web design encontram nas comunidades relacionadas um lugar para tirar dúvidas, trocar experiências e divulgar seus trabalhos. A mesma coisa aconteceu com quem ainda não está na profissão, mas pretende.

Mas no meio de tanta gente, podemos perceber o despreparo da grande maioria. Muitos cursos de web design hoje em dia ensinam as ferramentas, mas não ensinam conceitos fundamentais; aí surgem as dúvidas, muitas vezes bobas aos olhos de quem já está na profissão.

A maior dificuldade que eu tenho percebido é na hora de começar a carreira. Como publicar seu primeiro site, montar um portfólio, saber quanto cobrar de um cliente... Tudo o que as escolas deveriam ensinar, mas que a gente acaba tendo que aprender na base da tentativa e erro.

Por isso, resolvi escrever essa série de artigos, baseados nas minhas experiências pessoais e nas opiniões de profissionais da área.

Cinco coisas que você deve saber antes de começar
Aprender HTML e CSS

Seus sites vão ficar mais leves, sem os códigos desnecessários dos editores. Além disso, você terá muito mais facilidade para programar dominando as tags do HTML, e será muito mais fácil entender como funcionam as novas tecnologias, como XHTML e XML.

Investir num domínio próprio e numa hospedagem paga

Além de evitar propagandas desagradáveis, que tiram seu layout do lugar e podem até trazer spywares para o computador do usuário, os hosts pagos oferecem muito mais ferramentas para melhorar seu site. Além disso, um domínio próprio mostra muito mais profissionalismo (ver mais no tópico sobre portfólio).

Aprender teoria das cores, usabilidade e tipografia

O básico do básico. Assim você garante que seus sites vão ser visualmente agradáveis, a navegação será mais fácil para o usuário e a leitura dos textos não ficará cansativa.

Cuidar da acessibilidade

Não é o usuário que tem que adaptar seu computador ao seu site, e sim o contrário. Portanto, esqueça o "este site é melhor visualizado em 800x600" e prepare seus sites para todos os tipos de usuários, resoluções, navegadores e, de preferência, dispositivos possíveis.

Estudar, estudar, estudar

Não é porque você concluiu aquele super curso de web design que está livre da aprendizagem. A web é uma área em constante mudança, por isso procure conhecer todas as novas tecnologias, ferramentas e conceitos que surgem a cada dia. Não se aprofunde somente nas que você mais gosta: procure ter uma noção geral de cada uma delas, porque você nunca sabe quando pode surgir um trabalho que precise justamente daquilo que você não domina.

Todo esse conhecimento está cada vez ao seu alcance. Pra começar, use o Google, o melhor lugar para encontrar dicas e tutoriais. Apenas lembre-se de que aprendendo inglês, suas chances de encontrar o que procura são infinitamente melhores.

Montando seu portfólio
Seu portfólio é a reunião de todos os seus trabalhos, uma vitrine da sua capacidade e imaginação, e principalmente a primeira impressão sobre seu profissionalismo. Por isso, você precisa tomar muito cuidado com os pequenos detalhes, pra não manchar a sua imagem logo de cara:

Se você quer mesmo investir na carreira, considere mesmo a possibilidade de adquirir um domínio .com.br, .com ou .net, além de um bom plano de hospedagem. Endereços como o .cjb.net mostram falta de profissionalismo - "se este trabalho não vale o investimento de um endereço pago, por que devo contratá-lo?". Além do mais, hosts gratuitos ficam fora do ar muito mais tempo do que deveriam - e se o seu portfólio não abrir, existem outros na fila esperando pelo seu lugar.

Cuidado com o português. Chega a ser desnecessário dizer isso, mas revise seu texto, peça para um amigo ler e procurar pelos erros que você possa ter deixado passar, ou mesmo use o Word para corrigir a grafia das palavras. Nada, nada queima mais o seu filme do que um erro grave.

Nem pense em começar sem nenhum trabalho pra mostrar. Vá para o computador e crie um site sobre algum assunto que você gosta - exercite toda a sua capacidade, abuse das novas ferramentas, teste novos conceitos. É o momento em que você está livre, sem depender da opinião de quem está te pagando pra trabalhar, e mostrando tudo o que você é capaz de fazer. Nada mais amador do que encontrar num portfólio uma mensagem "em breve meus trabalhos".

E se você ainda não tem muito trabalho para mostrar, nem pense em fazer volume enchendo seu site de textos. Ninguém tem paciência para ler, e o cliente não está preocupado com a sua metodologia de trabalho ou com aquele trecho da sua apostila do cursinho que diz que "a Internet é um mercado em expansão bla bla bla". E nunca, jamais, sob hipótese alguma diga que seu preço é mais baixo, por qualquer razão que passe pela sua cabeça. Isso soa "estou desesperado por isso topo tudo".

Se você quiser listar suas habilidades nos programas e recursos da área, monte um mini currículo. Assim, essa informação será direcionada a um possível contratador, enquanto o usuário comum e cliente em potencial não recebe informações desnecessárias (se ele quiser saber das suas habilidades, saberá onde encontrá-las). Mas não se esqueça que Windows, Office e Internet você tem obrigação de saber, não é mérito nenhum.

E quando o desespero por falta de trabalho bate, a gente tem vontade de sair fazendo sites de graça, só pra exercitar e ter o que mostrar, não é mesmo? Não, não é. Aceitar um site por um preço muito abaixo do mercado é errado - muitos novatos têm feito isso sem se preocupar com as conseqüências que isso traz para a nossa carreira. Se você quer um cliente e ele não pode te pagar, faça uma permuta: você monta um site e ele te dá cinco aulas na auto-escola, quatro jantares no restaurante ou o que puder oferecer. É muito mais ético e vantajoso pros dois lados.

Em contra-partida, existem instituições sem fins lucrativos que adorariam contar com um voluntário para criar seu site. Procure a instituição mais perto de você e ofereça seu trabalho - se for para trabalhar de graça, que seja por uma causa nobre.

Se todos os seus sites devem funcionar em todas as resoluções de tela, como eu disse anteriormente, imagine seu portfólio! Um "escolha aqui a sua resolução" logo na cara do site mostra que você não tem nenhuma flexibilidade; algumas pessoas nem mesmo sabem o que isso significa! É você que tem que se adaptar ao computador do usuário, e não o contrário. O mesmo vale para quantidade de cores na tela, navegador ou sistema operacional.

Quando se fala de navegador, muita gente acha que se 95% das pessoas que acessam um site usam Internet Explorer, é pra essa maioria que o site deve funcionar. Isso é um grande erro – e se no meio dos outros 5% estiver justamente aquela pessoa que entra no seu portfólio querendo te contratar? Se o seu site não funcionar, você perdeu a chance. Por isso, teste todos os seus sites pelo menos nos navegadores mais conhecidos, em várias resoluções, sistemas operacionais e processadores diferentes. Evite surpresas desagradáveis.
http://www.infowester.com

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