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Profissão: webdesigner


Mesmo com o fim da época de ouro das pontocom, quem trabalha com webdesign continua em alta no mercado. Se você quer atuar na área, vai gostar das dicas de respeitados webdesigners

Por Cristina Ferreira


Depois do crash das empresas pontocom, muitos apostaram que a profissão de webdesigner iria por água abaixo, que os salários seriam cortados pela metade e que mais ninguém investiria em design gráfico para a Internet. Apostaram errado. As empresas que sobreviveram à crise valorizam mais e mais a figura do webdesigner e, a cada dia que passa, a profissão ganha mais fôlego e mais adeptos.

- Hoje em dia, é fundamental ter um profissional de design na empresa porque, sem ele, fica difícil fazer um bom site – explica o diretor de Tecnologia do portal Elefante, Luiz Motta.

Além de contribuir para a navegabilidade e a visibilidade dos sites, os webdesigners acumulam a função de marketeiros. Em muitos casos, as homepages são as vitrines do negócio e, por isso, precisam ser sempre muito bem cuidadas. Desta vitrine, sai a primeira impressão sobre a empresa e se ela for ineficaz, a companhia perde credibilidade. Sabe aquela velha história de que a primeira impressão é a que fica?

- Internet não é só para negócios, serve para expor as marcas também. Por isso, na minha opinião, é melhor não ter um site que ter um site ruim, e é função do webdesigner contribuir para que a página seja boa, daí ele ser indispensável – acrescenta um dos sócios da produtora de sites Canvas, Marcelo Albagli.

Segundo nossos entrevistados, em início de carreira, o webdesigner ganha cerca de R$ 1,8 mil por mês. Com o tempo, esse valor tende a se aproximar de R$ 4 mil. E se ficar comprovado que o profissional é realmente bom naquilo que faz, ele pode ser contratado como diretor de Criação, chegando a ganhar graúdos R$ 25 mil para fazer o que gosta.

Estudar, estudar e estudar

Mas para chegar lá é preciso trilhar um longo caminho. Não é necessário ter curso superior para atuar no mercado de webdesigners, mas nem por isso a vida de um webdesigner é fácil. Profissionais que atuam na área recomendam muito estudo, pesquisa e observação. Mas há quem indique também o "bom e velho" curso superior de desenho industrial como base para a formação de webdesigners.

- Apesar das empresas não exigirem, fazer um curso de desenho industrial com enfoque em design gráfico é uma boa idéia porque o profissional precisa dominar a parte técnica que tende, constantemente, a escapulir – aconselha o designer da empresa de business intelligence Choice, Pablo Canano.

Outra dica de Canano, que trabalha com webdesign há quatro anos, é que o webdesigner não se prenda à Internet para se aprimorar. O profissional deve assistir a muitos programas de TV e ficar de olhos bem abertos quando folhear revistas, pois essas são fontes para novas idéias.

- Um webdesigner tem que aprender a passar uma idéia de forma visual e, para isso, vale ver muita TV e folhear muita revista. Se ele ficar só na Internet, vai sair perdendo. Para mim, por exemplo, o canal Sony, a Fox e a MTV são grandes fontes de linguagem – indica Pablo Canano.

Portfólio na mão e idéias na cabeça

Marcelo Albagli, da Canvas, acrescenta que na disputa por uma vaga no mercado, o que vale mesmo é a criatividade do profissional. Por isso, na hora H, um belo portfólio faz toda a diferença e a formação acadêmica do webdesigner fica em segundo plano. Um bom portfólio é a prova de que a imaginação do webdesigner não tem limites.

- Na área criativa, não é necessário ter formação tradicional porque ao se contratar, não se avalia tanto o lado acadêmico, mas sim a sensibilidade do profissional. Por isso ele tem que ler, viajar, ver tudo que puder e fazer muitos cursos – aconselha Albagli.

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